DIAGNÓSTICO E SUAS DIFICULDADES

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O diagnóstico da doença de Parkinson pode ser difícil, especialmente em seus estágios iniciais. Estima-se que cerca de 40% das pessoas com a doença podem não ter ainda o diagnostico (dados dos EUA). Pelo fato do diagnóstico ser baseado no exame físico do paciente, realizado em consultório, é muito importante que o médico neurologista seja especialista em transtornos de movimento, para que assim seja possível haver uma avaliação mais rápida e segurança do diagnóstico. O neurologista irá compilar o histórico abrangente dos sintomas do paciente, atividade, medicamentos, outros problemas médicos, e as exposições a substâncias químicas tóxicas. Este provavelmente será seguido por um exame físico rigoroso para avaliar a função motora e cognitiva. Os testes são realizados sobre os reflexos do paciente, coordenação, força muscular e função mental. Os quatro sintomas principais que auxiliam para determinar o diagnóstico da doença de Parkinson são:
  • Tremores (tremor de repouso e/ou de tremor de movimento)
  • Bradicinesia (lentidão dos movimentos)
  • Rigidez
  • Instabilidade postural (que podem ocasionar desequilíbrio e/ou queda)
Para indicação do diagnóstico de Parkinson, o médico se baseia na presença de dois ou mais sintomas principais. Além disso, outros sintomas podem estar presentes (veja lista de sinais e sintomas). Mesmo que a doença esteja em um estágio avançado, pode ainda haver dificuldades para confirmar o diagnóstico devido as semelhanças de sintomas para doenças que comprometem a função motora. Dadas estas circunstâncias, o neurologista precisa observar o paciente para reconhecer sinais de tremor, rigidez, lentidão, e emparelhá-los com outros sintomas característicos. Por exemplo, se o paciente não tiver tremor aparente quando está sentado e apresentar alterações posturais, a doença pode ser confundida com osteoporose ou simplesmente ser avaliado como um sinal de envelhecimento. O tremor não é um sintoma fundamental para o diagnóstico, pois até um terço das pessoas com a doença de Parkinson podem não apresentar este sintoma.
Mesmo com o numero elevado de pesquisas com o objetivo de identificar marcadores para o diagnóstico de Parkinson, até então, nenhum exame (de dosagem laboratorial) é capaz de identificar a doença. Exames de imagem através de tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética, são solicitados para descartar outras doenças. Recentemente, a tomografia por emissão de fóton (SPECT) com DaTSCAN, que utiliza um radiofármaco, indicam se há degeneração neurônios dopaminérgicos, auxiliando no processo de investigação. Esse exame apresenta certa limitação, pois não é capaz de diferenciar Doença de Parkinson de Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) ou de Atrofia de Multiplos Sistemas (AMS)
Fazer um diagnóstico preciso é essencial para a prescrição do tratamento adequado àquele paciente. No entanto, há casos em que somente é possível determinar o diagnóstico, após período de acompanhamento do paciente e observação do efeito de determinados medicamentos e da evolução dos sintomas.
Se houver suspeita de doença de Parkinson, você deve consultar um neurologista especialista, de preferência em transtornos do movimento.
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